Office Address

Avenida Cabo Bojador loja I e J bloco 4

Email Address

karma@karmaclan.com

Análises

Análise – SCHiM

Hoje em dia, com um backlog gigantesco, são raras as vezes que me atiro de cabeça para jogos sem saber do que se tratam. Ainda bem que foi esse o caso com SCHiM, pois é um dos casos com um final bastante feliz. O backlog pode esperar.

SCHiM é um jogo de plataformas bastante peculiar. Neste jogo, controlamos uma adorável criatura que apenas sobrevive nas sombras. Uma só cor, onde linhas finas e pessoas sem cara dão vida a cenários bastante detalhados e movimentados. O tutorial é um conjunto de pequenos níveis onde controlamos o schim (Schims são criaturas que vivem nas sombras) de um rapaz que, ao longo do prólogo, vai crescendo. Nós vamos acompanhando o seu percurso de vida, vendo momentos alegres e tristes desse mesmo indivíduo, até que um dia, o rapaz, já homem, e o seu schim se separam.

A história do jogo é simples: reunir o schim com a sombra do rapaz, passando por dezenas de cenários da vida quotidiana, até ao eventual encontro. Para isso, temos que chegar do ponto A ao ponto B de cada nível, saltando de sombra em sombra, como se as superfícies fossem lava. Podem ser sombras de veículos, objetos, animais, humanos; desde que haja sombra, o nosso pequeno schim sobrevive. Podemos interagir com quase tudo e, por vezes, temos que utilizar essa interação para resolver alguns problemas com sombra. Por exemplo, interagir com uma cancela para mudá-la de sítio e assim também alterar o sítio onde a sua sombra se encontra, criando assim um novo caminho para atravessarmos.

A precisão dos saltos em SCHiM é um dos fatores chave do jogo. Não é um jogo complexo e os controlos funcionam na perfeição. Por vezes, as soluções não são tão óbvias, mas basta estarmos atentos ao que se está a passar no cenário para rapidamente encontrarmos a solução. É um jogo perfeito para pegar em pequenas pausas, mas que rapidamente se podem tornar em enormes sessões de jogo, porque vamos querer sempre “fazer mais um nível”. Caso o jogo se torne fácil, podemos activar a dificuldade “Risky“, onde temos um limite de 20 tentativas para terminar o nível, e se isto não for suficiente, podemos ainda activar a opção de tirar o salto extra.

SCHiM é um indie feito com amor e carinho. A história não precisa de ter diálogos para ser emocionante, e cada um dos cenários tem a sua identidade e pequenos detalhes que acabam por contar pequenas histórias isoladas. Para além da dificuldade “Risky” que merece ser conquistada, também temos objetos espalhados pelos níveis, que normalmente se encontram fora do caminho principal e que dão uma longevidade maior ao jogo.

Uma jogabilidade simples e afinada, num mundo com uma arte diferente, mas que cumpre a sua função de forma exemplar e com níveis bastante divertidos, fazem de SCHiM um dos meus jogos favoritos do ano. Chega dia 18 de Julho ao Steam, Playstation 4 e Nintendo Switch.

NOTA FINAL:

4.5 out of 5.0 stars

Deixe um comentário