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Análises

Análise – Kaku: Ancient Seal

Kaku: ancient seal é um jogo desenvolvido pelo estúdio Bingobell onde o jogador controla a personagem intitulada de Kaku. O jogo desde os momentos iniciais não esconde as suas influências de jogos como Legend of Zelda Breath of the Wild (no uso de Dungeons) e por vezes de Dark Souls (nas Batalhas com bosses), mas será que no final tem sucesso em criar um jogo que faz justiça às suas influências?

Enredo:

Nas primeiras horas é apresentado ao jogador o objetivo e motivação da personagem principal, por via de um tutorial, onde é revelado ao protagonista a sua responsabilidade de recuperar os “elementals” de modo a repor o equilíbrio neste mundo. No que toca ao enredo do jogo este é bastante fraco, demonstrando-se pouco cativante e genérico tanto no objetivo principal, como nas pequenas histórias secundárias que emergem com os diferentes npc’s que o jogador vai encontrando ao longo do jogo.

Gameplay:

Referente ao gameplay, este jogo opta por apresentar uma estrutura de semi open world verificando-se quatro grandes áreas para explorar, cada uma associada a um dos elementos que o protagonista tem que recuperar, culminando sempre numa dungeon final que consiste em elementos de plataforma e pequenos puzzles e um boss battle associado ao elemento da região. Embora estas regiões estejam divididas por loading screens é de indicar que continuam a ter amplo espaço para exploração e recolha de recursos para crafting, mas tal como no caso do enredo, estas deixam muito a desejar, pois qualquer área que o jogador tente explorar, que se desvie da campanha, resulta sempre em desperdício de tempo, sem a possibilidade de recompensas pela curiosidade do mesmo, desmotivando assim o simples ato de “passear” pelo mundo normalmente associado ao género de jogos Open World que este jogo se identifica.

A mecânica, crafting, demonstra-se bastante limitada, sendo apenas possível craftar um número limitado de receitas e sem qualquer complexidade retirando assim a possibilidade de experimentação por parte do jogador nesta área.

Relativamente ao combate, este é bastante familiar, estando implementado um sistema de light e heavy ataques, complementados com a opção do uso de uma slingshot como meio ataque à distância, com a nuance de três tipos de ammo diferentes. Para além disto os momentos de conflito com os inimigos, espalhado pelo mundo são complementados com uma skill tree que permite ao jogado desbloquear gradualmente novas habilidade e combos, facilitando assim lidar com inimigos mais fortes, mas mais uma vez estas mecânicas deixam algo de desejar pela sua simplicidade e falta de balanço entres elas, sendo extremamente simples abusar de certos combos para facilmente aniquilar os inimigos apresentados pelo jogo e remover o desafio que devia estar associado a estes encontros.

Necessário referir que estes inimigos também demonstram um ponto fraco pois após as primeiras 5 horas de jogo o jogador já terá visto todos os tipos de desafios que estão disponíveis ao longo do jogo.

Para além de combate, as interações com o mundo não são muito variadas, estando divididas entre pequenos puzzles que exigem o uso de outras habilidades associadas um companheiro do protagonista, intitulados de Piggy, desde a capacidade criar um disfarce temporário para aceder a áreas controladas por inimigos sem desencadear combate, e a habilidade de aceder a áreas  fora de alcance ao catapultar o jogador para essa região, e pequenos segmentos de plataforma, que são constantemente reciclados ao longo do jogo tornando-se cada vez mais repetitivo.

Este companheiro também oferece a funcionalidade de teletransportar o jogador para uma nova área responsável por desbloquear opções da skill tree e melhorar o equipamento e as barras de vida, stamina e de ataque especial do jogador via mini dungeons.

Visuais/Áudio:

Quanto ao áudio do jogo este não oferece uma melhoria em relação aos outros elementos já observados, sendo bastante franco e sem qualquer elemento memorável.

No caso dos visuais, não existe nada inerentemente negativo, mas ao mesmo tempo nada que se destaca, apresentando sempre cenários bastante genéricos sem grande identidade própria.

De forma resumida o jogo anda em redor destes três sistemas: explorações do open world, recolha de recursos de modo a craftar os matérias necessários e evoluir, e completar dungeons de modo a progredir na campanha.

De modo geral verifica-se o uso de um modelo de jogo bastante familiar sem grande inovação ou elementos que o façam destacar do resto, nunca tendo sucesso em emular os jogos aos quais tomou inspiração, resultando assim num produto final marcado por ser bastante repetitivo e pouco apelativo num oceano de jogos semelhantes que apresentam experiência muito mais imaginativas e dinâmicas.

2.5 out of 5.0 stars

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