CosmoPirates foi desenvolvido pela BlackMoon Design, um pequeno estúdio polaco composto por quatro pessoas, responsáveis por cerca de uma centena de jogos web. É isso que salta à vista mal ligamos o jogo. O jogo tem um estilo de arte que faz lembrar alguns jogos de browser dos anos 2000, assim como as suas animações. (Até existe uma demo disponível no Newgrounds.)



CosmoPirates é um jogo de cartas roguelike no espaço. O mapa é um tabuleiro delineado por asteroides, onde nos movimentamos à procura de inimigos para derrotar, vendedores de equipamentos e cartas para melhorar o nosso personagem e baralho, vendedores e centros de reparação de naves, e também encontros aleatórios que nos podem dar buffs para o próximo combate, fazer ganhar ou perder dinheiro, ou recrutar personagens para a nossa tripulação. Eventualmente, encontraremos um boss que, depois de ser derrotado, abre um portal para o próximo mapa.

O jogo é simples: duas naves com tripulação defrontam-se em combates de cartas. A primeira nave a ser destruída perde o combate. Cada turno, buscamos cinco cartas, que podem ser jogadas utilizando AP (Action Points). Existem outras que só podem ser jogadas se também tivermos energia, a qual é adquirida através de outras cartas ou por outras condições impostas pelo nosso setup. Existem três tipos de ataques no jogo: Laser, Rockets e dano físico. É importante ter em atenção o tipo de dano que vamos dar, pois alguns inimigos podem bloquear ou devolver o dano, consoante as condições impostas pelas cartas e pelo equipamento do adversário.
Quando a nossa nave é destruída, voltamos ao início do primeiro mapa, com a nave base, sem tripulação e com o baralho básico, mas mantemos os equipamentos do nosso capitão, o que, para ser sincero, dá uma enorme vantagem para a próxima ronda. Devido a essa vantagem, não achei o jogo muito difícil. É fácil de perceber e não existem assim tantas builds que consigamos construir, mas mesmo assim não é um jogo aborrecido, pois tem a dificuldade certa para não nos frustrar.



CosmoPirates está longe de ser perfeito, mas cumpre a sua função. É um bom jogo de cartas, tem graça nos poucos diálogos que o jogo ainda tem, no design dos personagens e nas próprias descrições das cartas. Ainda assim, há uma boa margem para melhoramento, seja através de mais conteúdo endgame, mais cartas, mais tipos de cartas e equipamentos. No entanto, o que acho mais importante neste momento é mais opções nas definições do jogo e suporte para comando. Joga-se lindamente com rato e teclado, mas numa nota mais pessoal, o suporte para comando seria um autêntico game changer, porque, apesar de funcionar bem no Steam Deck, metade das operações têm que ser feitas com o touchpad ou o ecrã táctil.
NOTA FINAL
3.0 out of 5.0 stars